Desabafo

03 de janeiro de 2011, 15:17, segunda-feira. Hoje, faz exatamente três dias que chove sem parar aqui na minha cidade. Vontade de sair, de ir ao supermercado, ou simplesmente uma necessidade de ser notada. Carência de atenção, a pior das carências. Pode até ser isso.
Me vejo cansada, angustiada, depressiva. Não entendo mais o que acontece. Medo? Insegurança? São essas as hipóteses mais prováveis.
Incrível como eu me canso fácil das mesmas coisas, das mesmas pessoas. É o primeiro sentimento que me vem nesse tempo chuvoso. FRUSTRAÇÃO. É uma coisa que não consigo controlar, vai além dos meus limites. Como se eu não conseguisse viver sempre no mesmo ambiente. Como se tudo o que eu estou vivendo hoje fosse uma espécie de teste, uma purificação para uma posterior evolução. E como nos filmes, toda purificação é dolorida, exige disciplina.
Queria poder eliminar todas essas manchas, as tolices da minha personalidade. Coisas que me banalizam. Assim como todo e qualquer sentimentalismo barato que nos serve apenas pra nos impedir de fazer aquelas coisas que realmente são importantes em nossas vidas.
Quando digo que o amor está sendo banalizado corro o risco de entrar em mais uma frase clichê, mas o amor não resume-se apenas em dizer “eu te amo”. O amor vai bem além. E é desse eu te amo banalizado que eu quero distância!
Cansada de ser iludida, cansada de ser o motivo que alimenta o complexo de superioridade de seres bem inferiores a mim. Simplesmente cansada.
Me fecharei agora no meu mundinho, talvez um dia a felicidade bata aqui na minha porta. Agora é esperar e esperar. Vem felicidade, vem.